Peça-chave na instrução de parte considerável de centenas de processos de corrupção sob a alçada da PGR, a Delegação da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) em Benguela está a ser equiparada, basicamente pela prestação nos últimos 60 dias, a uma estrutura reduzida à insignificância na luta pela moralização da sociedade, longe do estatuto orgânico de auxiliar do Presidente da República em matéria de fiscalização e auditoria, devido a tensões na relação entre a delegada provincial, Lectícia Duro, e inspectores de campo, soube o Novo Jornal.

Uma deslocação de Lectícia à capital portuguesa, Lisboa, para uma acção de formação, ao lado de todos os responsáveis provinciais, foi como que o "estalar do verniz", quando o órgão esteve órfão de liderança.

"Viajou sem ter deixado um interino, por isso a IGAE esteve praticamente fechada, com inspectores sem condições para trabalhar, inclusive em termos de alimentação. Algo bem diferente do normal", apontou um técnico.

Outra fonte do NJ indicou que a delegada provincial, contrariando rotinas que se verificam em todo o País, impediu a apresentação pública de um agente administrativo que facturou largos milhões de kwanzas mediante esquemas de corrupção.

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