Esta afirmação surge no âmbito da passagem do 8º aniversário desta força política, que, segundo avançou hoje ao Novo Jornal o líder do grupo parlamentar da coligação, Alexandre Sebastião André, tem as suas atenções viradas para os desafios políticos que se avizinham, como as eleições autárquicas e gerais.

"Os desafios são enormes com a realização das eleições autárquicas e gerais nos próximos dois anos. Por enquanto, a nossa atenção está virada no reforço das estruturas de base a nível dos partidos que fazem parte da nossa coligação", adiantou Alexandre Sebastião André.

O também deputado à Assembleia Nacional defendeu ainda a necessidade da direcção da sua coligação ser reforçada com pessoas comprometidas com as reformas em curso na coligação, que visam criar um "verdadeiro ambiente de estabilidade interna".

Na sua opinião, a ideia da transformação da coligação em partido político deverá ser um objectivo a prosseguir quando a grande maioria dos partidos políticos integrantes estiverem preparados e assim decidirem.

Relativamente às desistências - o caso mais recente é o do secretário nacional da Juventude, Nelson Francisco, que deixou a Coligação na passada semana -, que se observam a nível da coligação, Alexandre Sebastião André disse que as pessoas são livres de tomar as suas decisões.

"A nossa coligação está coesa, mesmo com a saída de alguns deputados que se tornaram independentes. Neste último ano, a coligação cresceu muito e nas próximas eleições teremos bons resultados", destacou, lamentando que o dia 03 de Abril, oitavo aniversário da coligação não tenha sido devidamente festejado devido à pandemia da Covid-19.

Questionado sobre o estado da economia afectada pela pandemia Covid-19, Alexandre Sebastião espera que o Governo faça um esforço enorme para criar condições e ajudar as empresas.

"O Executivo deve disponibilizar fundos suficientes para permitir que a indústria garanta a continuidade das suas actividades. Para isso, é essencial um diálogo social eficaz entre Governo e empregadores e trabalhadores", acrescentou.

A CASA-CE foi fundada em 2012 e é uma coligação de seis partidos políticos - Bloco Democrático (BD), Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e Partido Democrático Popular de Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).