Ainda se digeria o estrondo provocado pela queda do tecto do Hospital Municipal do Chongoroi, no último final de semana, poucos dias após ter sido inaugurado, quando, na cidade de Benguela, as chuvas engoliam parte considerável da Praia Morena, deixando invisíveis o asfalto e os passeios, num cenário que lançou dúvidas relativas à qualidade de uma obra orçada em 700 milhões de kwanzas, quase um milhão e 381 mil dólares.

No Chongoroi, interior da província, 156 quilómetros do município-sede, o desabamento da cobertura adiou a transferência dos doentes que se encontram na unidade sanitária provisória, ao passo que as inundações no "cartão de visitas" da capital alimentam um debate que converge no factor transparência, muito em voga no lançamento da empreitada.

Hoje, independentemente de todos os argumentos, alguns críticos, outros em direcção ao benefício da dúvida às autoridades, salta à vista o facto de não ter existido uma entidade a fiscalizar a requalificação da marginal, numa violação, segundo especialistas, à Lei da Contratação Pública.

Não se sabe, aliás, qual das modalidades plasmadas na legislação norteou a adjudicação da obra, se a contratação simplificada, o concurso público ou o concurso limitado por convite.

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