"Normalmente todas as forças políticas que estiverem dispostas a fiscalizar o processo em todo o território nacional, a Lei estabelece a indicação de 60 mil efectivos como delegados de lista. A CASA-CE vai fazer isso para controlar o nosso voto nas urnas", disse ao Novo Jornal Manuel Fernandes.

Manuel Fernandes referiu que a coligação vai contar com um centro de escrutínio paralelo das eleições gerais e pretende, ainda no próprio dia da votação, divulgar publicamente os primeiros resultados.

"A operação envolverá, no terreno, milhares de delegados de lista, que vão enviar para Luanda os resultados por cada mesa e assembleia de voto", referiu Manuel Fernandes.

De acordo com o líder da CASA-CE, este centro de escrutínio consiste num sistema informático que vai receber os resultados das actas das operações por cada mesa de voto e das actas por assembleia de voto, enviadas pelos delegados de lista da coligação e inseridas no sistema por operadores próprios.

Refira-se que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) está a conduzir um processo de admissão de mais de 100 mil membros para integrarem as mesas das assembleias de voto, no âmbito da preparação das eleições gerais de 24 de Agosto.

Segundo a CNE o resultado do mapeamento vai ditar o número total de agentes para as mesas das assembleias de voto a recrutar e a Lei define quatro membros para cada mesa, nomeadamente o presidente, secretário e dois escrutinadores.

O MPLA venceu as últimas eleições gerais com 61,70 por cento dos votos. A UNITA mante-se como segunda força política, com a eleição de 51 deputados. Na terceira posição ficou a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) 16 deputados e quarta posição ficou o PRS que elegeu e dois deputados. A FNLA) elegeu um deputado e fora do parlamento ficou a APN. Abstiveram-se 23,41%, equivalente a 2.134.057 eleitores que não foram às urnas num universo de 9.317.294 em condições de o fazer.