"Foi entregue a lista da UNITA, incluindo personalidades que concorrem como independentes. A UNITA mostra que vai fazer um Governo inclusivo e participativo", comentou a presidente da UNITA, que se encontra nos Estados Unidos de América, na sua página de Facebook.

Segundo Adalberto Costa Júnior, a UNITA quer um Governo de todos para todos, desejando coragem e confiança a todos os futuros deputados que constam da lista.

"Merecemos uma Angola de Todos", concluiu o presidente da UNITA, que cumpre a partir de hoje uma agenda de múltiplos encontros, tendo como foco a necessidade da democratização do processo eleitoral em Angola, bem como a fiscalização nacional e internacional das eleições gerais.

O presidente da UNITA aproveitou a oportunidade para divulgar na sua página de facebook a lista dos futuros deputados à Assembleia Nacional, de que não fazem parte o ex-líder do partido, Isaías Samakuva, nem Abílio Kamalata Numa ou Paulo Lukamba Gato, personalidades influentes do partido.

Reagindo à entrega da lista, o secretário nacional dos Antigos Combatentes da UNITA, Abílio Kamalata Numa, que preferiu disponibilizar o seu lugar como futuro deputado à nova geração, disse que "esta candidatura tem um sinal novo que irradia uma luz nova para Angola depois de 24 de Agosto de 2022".

"Esta candidatura tem UNITA, BD, PRA-JA SERVIR ANGOLA, MPLA, tendências da sociedade civil de Cabinda, diversas organizações da sociedade civil numa Ampla Frente que vai unir Angola e os angolanos", disse o político.

Segundo Abílio Kamalata Numa, este projecto decorre do planeamento estratégico da UNITA e é subscrito por todos os dirigentes do partido que têm como escolha Adalberto Costa Júnior como seu candidato à Presidência da República.

"As listas são da UNITA e não do presidente da UNITA, que tem todo meu apoio", disse Numa.

Por outro lado, o secretário-geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga Daniel, minimizou a suposta manifestação de um grupo de militantes do principal partido da oposição, que foram ao Palácio da Justiça para protestar contra a escolha de Abel Chivukuvuku para o segundo lugar na lista de candidatos a deputados da UNITA.

Álvaro Chikwamanga Daniel desvalorizou a iniciativa, considerando que num Estado democrático e de direito "é normal as pessoas manifestarem-se, pois estão a exercer o seu direito de manifestação".