No entanto, no quer diz respeito aos resultados definitivos, esta estrutura da UNITA só os divulgará após a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) o fizer também.

Segundo apurou o Novo Jornal, os delegados das listas em todas as Assembleias de Voto espalhadas pels 18 províncias no País e na Diáspora, vão ter um papel importante para auxiliar este centro a recolher os dados.

"Os nossos representantes nas mesas de voto terão direito às actas síntese e essas actas são assinadas pelos representantes de todos os partidos políticos. Estes documentos serão imediatamente enviados via whatsapp ou telefónico para centro de escrutínio paralelo", disse ainda a fonte da UNITA que conhece bem este processo.

De acordo com a mesma fonte, todas as irregularidades verificadas nas Assembleias de Voto, com o destaque para a intimidação ou insegurança, serão reportados no centro.

A fonte referiu que os representantes da UNITA nas mesas de voto estarão terão presente o que aconteceu em 2017, onde a CNE começou a divulgar resultados preliminares sem que as províncias tenham feito o apuramento dos mesmos.

"O centro estará em sintonia com os nossos representantes nas mesas", disse a fonte, frisando que a UNITA preparou delegados com qualidade para monitorar o processo nas Assembleias de Voto.

"Em todas as eleições que acontecem em Angola, sobretudo nas zonas rurais, os representantes da oposição foram sempre intimidados na hora de contagem de votos. Mas nestas, a UNITA criou todas as condições para que isso não aconteça", acrescentou.

Interrogado sobre relatos de casos que acontecem em que delegados de lista de partidos políticos da oposição são apoiados em termos de alimentação pelos representantes do MPLA nas mesas, referiu que a UNITA criou condições de logísticas suficientes para isso não aconteça nestas eleições.

Informou que o centro de escrutínio paralelo vai aguardar pelos resultados que a Comissão Nacional Eleitoral vai divulgar "e se forem verificadas irregularidades, a UNITA tomará a sua posição".

Estão autorizados a concorrer às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e a coligação CASA-CE. Do total de 14,399 milhões de eleitores esperados nas urnas, 22.560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América.

A votação no exterior terá lugar em países como a África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), a Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e a República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi). Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).