Adriano Mendes de Carvalho falou na necessidade do "envolvimento de todos", para monitorar as fronteiras, terrestres e fluviais de modo a estancar este fenómeno.

O governante, que falava durante um encontro com o Presidente da República, João Lourenço, em visita à província, disse que o fenómeno de contrabando de combustíveis afecta a economia nacional e a vida dos cidadãos locais.

"O contrabando de combustíveis é um cancro na província. Há solução, camarada Presidente e precisamos de apoio. Essa situação pode ser resolvida", disse Adriano Mendes de Carvalho.

O contrabando de combustível e a fuga ao fisco continuam a ser os principais crimes registados, na fronteira da província do Zaire com a vizinha República Democrática do Congo (RDC), segundo o governador provincial, que apontou o dedo a alguns responsáveis locais e autoridades tradicionais, que "são os principais suspeitos na facilitação das redes de contrabando".

"Camarada Presidente, precisamos de ajuda, os contrabandistas têm muita força", acrescentou Adriano Mendes de Carvalho, sublinhando que "muitas vezes ficam apreensivos com a escassez de derivados de petróleo que se verifica na região, apesar das elevadas quantidades expedidas pela Sonangol para a região".

"É um fenómeno preocupante. Entram na província centenas de camiões, mas em 24 horas as bombas já não têm combustíveis", referiu o governante, que disse que apesar da situação, o Executivo local tem tomado medidas para reverter o actual quadro de escassez de combustível, que condiciona a vida das populações.

Segundo dados oficiais, a província do Zaire tem 33 postos de abastecimento licenciados.