João Lourenço lembrou que a partir de agora as mães e as suas crianças vão ter uma assistência de qualidade que não existia até este momento, mais segurança nos partos, melhor higiene nos serviços.

O Chefe de Estado acrescentou que o objectivo do Executivo é "continuar a assistir de forma condigna as populações angolanas" mantendo um ritmo de criação de novas unidades de saúde que dê as respostas necessárias.

E notou a coincidência desta reinauguração estar a acontecer no dia internacional da mulher.

Deu ainda como exemplo deste esforço a construção para breve de uma "grande unidade de saúde oncológica" em Luanda, acrescentando que, "porque não se pode fazer tudo ao mesmo tempo", no futuro poderá avançar-se para a criação de unidades oncológicas regionais, cobrindo áreas do centro, norte, sul... mas apontou que isso ainda não está definido cabalmente.

João Lourenço foi esta quarta-feira, 08, ao Lubango para cortar a fita desta nova obra, apesar de se tratar de uma remodelação profunda, tendo ainda visitado o local das obras para a circular rodoviária do Lubango, com 61 kms.

Admitiu a requalificação das vias de ligação do Lubango ao norte e para sul do país e Namíbia.

Sobre a Maternidade Irene Neto, cujas obras decorreram sob responsabilidade da construtora Omatapalo, a Angop explica que se trata de um projecto que se enquadra no Programa de Revitalização de Angola (bónus social), das Associações do Bloco 0, que inclui as companhia Total, ENI e Cabinda Gulf Oil Company, sob gestão do Ministério angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, bem como da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível.

Entre os novos serviços, a maternidade do Lubango conta com quatro novos blocos operatórios equipados, uma nova sala de neonatologia e radiologia.

A infra-estrutura tem também, entre as novidades, uma unidade de tratamento intensivo, enfermarias por doenças e um bloco de urgências completamente estruturado.

Com 122 camas, a renovada unidade passa a ter um ecográfo para as emergências e as consultas externas. A intervenção na maternidade abarcou os três andares e o rés-do-chão, onde funcionam os serviços de obstetrícia, neonatologia e anfiteatro.

As zonas onde funcionam os serviços de ginecologia, infecto-contagioso, farmácia central, serviços administrativos e consultas externas também foram abrangidas pela intervenção.

Áreas como onde funcionam os serviços de esterilização, lavandaria e cozinha também sofreram intervenções, bem como a zona do pavilhão externo 2, onde funciona a morgue.

O projecto contempla uma unidade dos serviços de urgência, de salas de partos normais e um corredor, que vai fazer a ligação com o bloco operatório do edifício principal.

Instalada numa área de quarto mil e 855 metros quadrados, no centro da cidade, a Maternidade do Lubango "Irene Neto", que clamava por uma urgente reabilitação, deixou de funcionar em Dezembro de 2018.

Na mesma altura os serviços da maternidade "Irene Neto" foram transferidos provisoriamente para algumas dependências do Hospital Central do Lubango, "Dr. António Agostinho Neto".