Sílvia Lutukuta falava aos deputados durante uma audição parlamentar no âmbito do Orçamento Geral do Estado (OGE) que vai começar a ser discutido na especialidade nos próximos dias, aproveitando para destacar esta "confiança" do FB, criado por organismos e personalidades internacionais de prestígio, como Bill Gates ou Kofi Annan como evidência do sucesso da governação.

A governante acrescentou que a actual subvenção subiu consideravelmente e com o apoio da Covid-19, registou-se um incremento de 123 milhões de dólares deste fundo.

"Tudo fizemos para ganhar a confiança. Essas subvenções vão apenas apoiar duas províncias. A do Kwanza Sul e Benguela", acrescentou a ministra, sublinhando que o seu pelouro está preocupado com as doenças comunitárias nessa fase difícil da pandemia da Covid-19, havendo a necessidade de se consciencializar a sociedade sobre questões sanitárias.

"O País vive momentos difíceis relacionados com o aumento de casos e morte provocados pela malária, tuberculose, VIH/SIDA e Covid-19 e que a saúde comunitária busca a resolução dos problemas que influenciam a vida das pessoas num contexto geográfico, social e familiar", apontou.

Referiu ainda que o sector fez uma grande aquisição de anti-retrovirais havendo reservas suficientes para as necessidades do País.

"Fizemos um investimento de 4 mil milhões de Kwanzas só em medicamentos este ano para o combate de várias doenças", referiu, salientando que o orçamento para o sector da saúde para o próximo ano é de 922 mil milhões de Kwanzas.

"Um terço deste valor fica a nível central e o resto é descentralizados nas províncias", afirmou a ministra informando que, no âmbito do Programa de Intervenção nos Municípios (PIIM), o sector da saúde conta com 300 projectos.

Destacou que de 2017 a 2018, o sector fez na história do País os maiores concursos públicos ao atingir mais de 26 mil profissionais recrutados pela primeira vez.

Por outro lado, o seu homologo do Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado (MATRE), Marcy Lopes, anunciou que as condições estão criadas para o arranque do registo eleitoral oficioso no estrangeiro que vai ter lugar de Janeiro a Março de 2022.

Marcy Lopes esclareceu que o registo eleitoral oficioso é da competência do Executivo e é uma demonstração da transparência do processo e da necessidade de participação de todos para o seu êxito.

"No estrangeiro foram montados 12 postos fixos para emissão do Bilhete de Identidade", anunciou o ministro frisando que as equipas já estão a trabalhar para a criação de todas as condições organizativas e de funcionamento do processo do registo eleitoral oficioso.

Para o caso de cidadãos residentes no exterior e cujo bilhete esteja caducado, Marcy Lopes diz que basta os dados na base de dados e estes poderão fazer a actualização do seu registo eleitoral sem sobressaltos.

Refira-se que a Assembleia Nacional já aprovou na generalidade a Proposta de Lei do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2022, que comporta receitas e despesas avaliadas em 18,7 biliões de Kwanzas.

O principal instrumento da política económica e financeira do Estado, que nos próximos dias vai continuar a ser objecto de discussão na especialidade, recebeu 126 votos a favor, 36 contra (UNITA) e seis abstenções.