"Nas eleições de 2017, dos 164 municípios do país o MPLA ganhou 156, isto é para ter medo? O MPLA é um partido de consenso, é uma máquina que trabalha, prepara muito bem, não tem medo", afirmou Américo Kuononoca, citado pela Lusa, no final da reunião de líderes das bancadas parlamentares onde estiveram em discussão os temas da reunião plenária ordinária, marcada para o dia 23.

"As eleições autárquicas são um imperativo constitucional e uma promessa do Presidente da República durante a campanha eleitoral, ao longo da qual garantiu realizá-las durante este mandato", afirmou.

Já Liberty Chiaka, que participou pela primeira vez na conferência de líderes depois de ter sido nomeado chefe da bancada da UNITA, lamentou que na agenda da próxima sessão plenária não conste a discussão de nenhuma das propostas relacionadas com as autarquias e disse querer acreditar que "existe tempo e também vontade política para a concertações entre as diferentes forças políticas".

"O compromisso feito pelo Estado em relação às eleições autárquicas deverá ser assumido, em debates na especialidade, durante os meses de Fevereiro e Março", acrescentou Liberty Chiaka, citado pelo Jornal de Angola.

Chiaka elogiou o ambiente de trabalho que se vive no Parlamento, que "denota que existe vontade política para se ultrapassar uma série de questões de interesse nacional",

Na primeira Plenária do ano, os deputados vão proceder à votação final global da Proposta de Lei que autoriza o Banco Nacional de Angola a emitir e pôr em circulação uma nova família de notas do Kwanza, da Proposta de Lei das áreas de conservação ambiental, bem como da Proposta de Lei que altera o código dos valores mobiliários.

Serão também votadas na globalidade as Propostas de Lei das acções encobertas para fins de prevenção e investigação criminal e da identificação ou localização celular e da vigilância electrónica para fins de prevenção e repressão criminal.

Na generalidade, estarão em apreciação três diplomas, nomeadamente, a Proposta de Lei sobre as instituições do poder tradicional, a Proposta de Lei da expropriação por utilidade pública e a Proposta de Lei da requisição civil.

Os deputados vão igualmente discutir e votar o Projecto de Resolução que aprova o orçamento da Assembleia Nacional para o exercício económico de 2020.