Em causa está o não pronunciamento do Tribunal Constitucional (TC) sobre a impugnação da UNITA da resolução que nomeou um deputado do Grupo Parlamentar do MPLA como segundo vice-presidente da Assembleia Nacional.

No âmbito da concertação entre as principais forças políticas do País no Parlamento, decidiram que o MPLA teria o direito de escolher o presidente da Assembleia Nacional, o vice-presidente e o terceiro vice-presidente, ao passo que a UNITA ficaria com o segundo e quarto vice-presidentes.

Apesar deste acordo, segundo apurou o Novo Jornal, o MPLA mantém a sua posição de manter nos cargos de vice-presidente e segundo vice-presidente, Américo Kuononoca e Raul Lima, respectivamente.

A eleição do segundo vice-presidente do Parlamento angolano, indicado pelo MPLA, motivou o abandono em bloco da sala do plenário da Assembleia Nacional dos deputados da UNITA, que alegaram que o partido no poder havia "quebrado o compromisso político".

Na terça-feira, 22, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior e a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, abordaram este diferendo da composição da mesa da Assembleia Nacional, com a UNITA a reclamar a segunda vice-presidência.

"Falámos também do facto de não termos a mesa da Assembleia Nacional composta", disse aos jornalistas o presidente da UNITA que apelou ao Tribunal Constitucional para que não se atrase demasiado no pronunciamento sobre este diferendo.

Na plenária da quinta-feira, 24 o Parlamento vai votar na generalidade a Proposta de Lei da Amnistia.