A AJPD escreve numa nota enviada às redacções que quer que a Procuradoria-Geral da República preste informações para "ajudar a dissipar as dúvidas sobre o tratamento digno que lhe deve ser dado mesmo estando preventivamente detido, como por exemplo, o direito à visita".

"Sem desrespeitar a autonomia de direcção da instrução preparatória de que goza o Ministério Público, deixou saber ao digníssimo Procurador-Geral da República que a defesa pacífica de autonomia administrativa para uma província em si não constitui um crime e que, o partido político PRS tem defendido um Estado Federal para Angola durante várias campanhas eleitorais, sem que, entretanto, os seus presidentes ou membros tenham sido presos preventivamente", acrescenta a nota da AJPD.

A 30 de Janeiro deste ano, confrontos entre forças de segurança e cerca de 300 manifestantes que pretendiam pedir diálogo com o Governo sobre a situação na província terminaram em mortes e desaparecidos.

As autoridades disseram que seis pessoas morreram nos confrontos, a Amnistia Internacional afirmou ter confirmado 10 mortes e os partidos da oposição parlamentar garantiram que pelo menos 23 pessoas morreram.