Angola conta, actualmente, com 19 médicos legistas para pelo menos 32,1 milhões de habitantes, segundo a projecção do Instituto Nacional de Estatística (INE). Entre os profissionais de saúde, dezassete são nacionais e dois estrangeiros, sendo um de nacionalidade ucraniana e outro cubana. As províncias de Cabinda e Kuando-Kubango constam da lista das que não dispõem de especialistas na matéria. A informação foi prestada ao Novo Jornal pelo director nacional de Medicina Legal dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) e igualmente presidente do Colégio de Especialidade de Medicina Legal da Ordem dos Médicos de Angola (ORMED), Aurélio Rodrigues.

O número de legistas, explicou o especialista, é "insuficiente" para as necessidades do País e, por isso, afirma que, para responder com qualidade às ocorrências, Angola precisa de pelo menos 144 médicos legistas.

O responsável defende maior aposta na formação daqueles que têm a missão de fazer a perícia e concluir a causa de uma morte. Nos próximos dias, informou, a classe poderá contar com um médico geneticista, formado no âmbito de uma parceria entre o Ministério do Interior (MININT) e o Instituto de Medicina Legal de Portugal.

Cálculos feitos por este semanário, com base na projecção do INE, mostram que o País tem um rácio de um médico legista para cada 1.689.351 habitantes, número muito acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de um médico para cada mil habitantes.

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