Foi num abrir e fechar de olhos que a reportagem do Novo Jornal palmilhou os 182 quilómetros que separam a cidade de Benguela do Balombo, Norte da província, num trajecto dominado por rios entre montanhas e outros acidentes geográficos, vistos à lupa justamente na altura em que, a Sul, o Banco Mundial (BM) começava a avaliar o potencial hídrico do município do Cubal.

Os resultados da missão do BM, ocorrida há um mês, no quadro de um empréstimo a Angola, no valor de 300 milhões de dólares norte-americanos, são tão reveladores de um potencial para água, energia e fomento agrícola como o périplo com a chancela do NJ.

Chega do exterior, como se vê, um reconhecimento de que há matéria-prima para o reforço da gestão dos recursos hídricos, nesta fase para oito províncias, mas há no País, no segmento privado, gente a tirar proveito dos rios para vários fins.

É nesta equação que surge a localidade do Ngunjo, a 12 quilómetros da sede municipal do Balombo, radiografada por este semanário à boleia do inventor Cristóvão Tofo, o «engenheiro do povo», que está a montar a sua oitava mini-hídrica.

Este equipamento, com componentes como turbina, dínamos geradores, tubos e vala, foi projectado para 63 kaveares - KVA, uma capacidade que, segundo o proprietário, pode dar energia a uma comuna.

"Com esta, vendo bem, vamos assistir quatro comunidades, aí mais de cinco mil famílias", assinala, antes de ter revelado um investimento de 250 milhões de Kwanzas, que poderá subir "um pouco" até à inauguração, prevista para daqui a um mês.

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