Manuel Bernardo Azevedo garante que as autoridades estão a par deste tipo de assaltos, que eram raros ou nunca vistos até aqui, e que os pescadores têm feito encontros em Cacuaco e na Barra do Dande para definir uma resposta a este problema.

Em declarações à Lusa, o líder dos pescadores artesanais de Luanda adiantou que sempre que um motor é levado pelos assaltantes, que surgem em embarcações rápidas e armados com "kalashes", o prejuízo ascende a mais de 4 milhões de kwanzas, o que representa muitas jornadas de árduo trabalho a pescar.

"Estamos constantemente a dar queixa e a trabalhar com a polícia, neste momento estão reunidos alguns pescadores e cooperativas na Barra do Bengo e em Cacuaco, para podermos avaliar essa situação", disse Manuel Azevedo ainda citado pela Lusa.

Por detrás destes assaltos está um grupo de quatro indivíduos por identificar que se aproximam dos pescadores artesanais em duas lanchas, sendo que as vítimas têm relatado que um dos meliantes não esconde a cara, embora não tenha, mesmo assim, sido reconhecido.

Esta situação representa um risco acrescido além do roubo do pescado e dos motores, que é o abandono em alto mar em embarcações sem motor, o que pode levar a que as correntes possam levá-los para ainda mais longe.

Todavia, esse perigo tem sido evitado porque o socorro tem sido rápido por parte dos colegas que estejam mais próximos ou que, de terra, partem em sua ajuda, mas a Capitania do Porto de Luanda já foi informada e a polícia também está a par deste tipo de ocorrências.

"O despacho que recebemos dos ministérios do Interior e da Defesa encaminharam o assunto para a Inspecção e ficamos a trabalhar com esse órgão, mas voltaram a ocorrer novos assaltos. A participação que havíamos feito era relativamente aos assaltos registados no ano passado", referiu, novamente citado pela Lusa.