Esta sessão ficará marcada pelas ausências dos bispos brasileiros Honorilton Goncalves, ex-líder espiritual da IURD em Angola e Moçambique, e António Ferraz, presidente do conselho de direcção da IURD, que se encontram no Brasil, onde passaram a quadra festiva depois de serem autorizados pelo tribunal e após ficarem 14 meses impedidos de sair do País.

Na sessão desta quarta-feira, segundo o tribunal, serão ouvidos os bispos e pastores angolanos, da conhecida ala dos dissidentes (ala angolana), cujo líder é o bispo Valente Bezerra Luís.

São arguidos neste processo os bispos e pastores Honorilton Gonçalves, António Miguel Ferraz, Belo Kifua e Fernando Henriques Teixeira, todos acusados pelos crimes de associação de malfeitores, evasão de divisas, coacção para realização de vasectomia, branqueamento de capitais e violência doméstica.

O Ministério Público (MP) assegura que os arguidos fazem parte de uma organização criminosa de cariz internacional que se dedica fundamentalmente à arrecadação fraudulenta dos dinheiros dos fiéis e acusa-os de enviar, clandestinamente, divisas para o Brasil.