Uma mão cheia de actividades, com «caixa alta» na importância dos mangais no consumo de dióxido de carbono (CO2), vai marcar a semana de celebração, em África, do Dia Internacional de Conservação dos Ecossistemas de Mangais, tendo Angola sido escolhida para acolher o evento entre 26 e 31 deste mês. O programa comemorativo inclui uma inédita discussão sobre o crédito de carbono, no quadro da exploração petrolífera no País, o que abre portas a uma "importante via de receitas financeiras" ao Estado angolano, avançam fontes do Novo Jornal.

"Como sabemos, as empresas petrolíferas, fruto da sua actividade, estão entre os grandes emissores de dióxido de carbono, e os mangais, os grandes sequestradores de gases efeito estufa. É isso, em termos gerais, que a missão da União Africana vai levar à reflexão de todos", informam as fontes.

Observam que, por "alguma falta de conhecimento" e "insuficiente legislação", Angola não faz parte do grupo de países que participam nos mercados de carbono.

"O nosso País ratificou, recentemente, o acordo de Paris sobre Alterações Climáticas, mas ainda lhe falta muita legislação sobre ambiente. Aliás, o próprio tema sobre crédito de carbono é quase um assunto novo entre nós. É necessário haver legislação nesse domínio. Por enquanto, o que se vai fazer nesta fase piloto, entre a SONANGOL e a TOTAL, é uma dedução de quanto as petrolíferas vão pagar pela emissão de dióxido de carbono. Esperamos que, com a ajuda da União Africana, Angola reforce o programa de protecção dos mangais e as petrolíferas, particularmente as internacionais, cumpram com uma compensação financeira que já fazem noutros países, no quesito da emissão de dióxido de carbono", sublinham.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)