Em 2017, Angola proibiu, através de um decreto do antigo Ministério do Ambiente, a comercialização, na via pública e em mercados privados ou públicos, de animais mamíferos e selvagens vivos ou mortos. A medida foi reforçada em Maio deste ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que orientou a suspensão mundial da venda dos mesmos, devido ao alto risco de transmissão de novas doenças infecciosas.

Apesar das orientações, quer governamental, quer da OMS, no País o comércio soma e segue, sob o olhar de toda a gente. Numa ronda efectuada pelo Novo Jornal nalgumas estradas e mercados, constatou-se que o "negócio da vida selvagem" continua. Nalgumas zonas, o abate e a comercialização de animais como cabrito, porco e vaca, por exemplo, são feitos em locais impróprios, com pouca higiene e sem a prévia autorização de veterinários, o que constitui um atentado à saúde.

Em declarações ao NJ, o especialista em Saúde Pública Domingos Cristóvão defende ser necessário que os animais, antes de serem mortos e comercializados, passem por exames para se apurar se a carne é própria para o consumo. "Caso não seja respeitado esse procedimento, e se o animal tiver uma doença potencialmente epidémica, todos os que consumirem a carne serão infectados".

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