Directores de escolas, encarregados de educação e associações académicas alertam que a falta de materiais de biossegurança, ainda verificada em várias escolas do País, pode expor milhares de crianças aos vírus da SARS-Covi-2. A observação foi feita devido à retoma das aulas presenciais, no dia 10 deste mês, nas classes de transição do ensino primário (1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª e 5.ª classes), após suspensão por conta da Covid-19.

Numa ronda efectuada nalgumas escolas dos municípios e distritos da capital do País, o Novo Jornal constatou que a maior parte das instituições de ensino não está ligada à rede pública de água. Noutras, observou a falta de pontos de lavagem das mãos, de termómetros infravermelhos para a medição de temperatura e de sabão e álcool em gel.

Na Escola do Ensino Primário n.º 1126, na Avenida Comandante Valódia, no distrito do Rangel, por exemplo, logo à entrada, não estava a ser medida a temperatura aos alunos e professores, nem havia pontos de higienização para a lavagem das mãos. Na referida instituição, a equipa do NJ observou apenas um reservatório de água numa das casas de banho, que, por sinal, estava vazio.

Fontes ligadas à escola confidenciaram que os materiais ainda não chegaram à instituição, realidade que não impediu o regresso às aulas.

"Temos apenas um reservatório de água, mas esperamos adquirir, nos próximos dias, alguns baldes e detergentes para atender aos nossos alunos", garante a fonte.

Na Escola do Ensino Primário n.º 3003, vulgo "Escola 11", no distrito do Hoji-Ya-Henda, município do Cazenga, professores e membros do corpo directivo mostraram-se contentes com o regresso às aulas presenciais, apesar de reconhecerem não haver ainda condições de biossegurança.

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