"Infelizmente teremos uma paralisação dos trabalhos a partir de hoje. Serão cinco dias de paralisação, porque infelizmente as questões que nós vínhamos negociando, e que constam do caderno reivindicativo, embora tenham sido objecto de negociações entre as partes, não têm produzido os efeitos desejado", disse à Rádio Nacional de Angola secretário-geral do SINPROF, Ademar Ginguma.

Segundo o sindicalista, os professores continuam abertos ao diálogo com as entidades governamentais, no sentido de se ultrapassarem os problemas dos seus filiados, bem como encontrar soluções que visem melhorar as condições dos professores.

"O nosso grande desafio é tornar a profissão de professor mais atractiva. Segundo dados do próprio Ministério da Educação, durante o ano de 2021, 2.000 professores abandonaram o sector por falta de condições condignas", lamentou Ademar Ginguma.

No município do Soyo, província do Zaire, a ministra da Educação, Luísa Grilo, que falava no acto central do Dia Nacional do Educador assinalado na segunda-feira, 22, garantiu que o Executivo está a trabalhar para satisfazer as reivindicações da classe docente no País.

"A greve é um direito que assiste ao SINPROF, mas o Governo vai continuar a primar pelo diálogo com os seus parceiros do sindicado, no sentido de se encontrar as melhores vias de entendimento", disse, considerando prematuro adiantar os constrangimentos ao calendário nacional escolar do presente ano lectivo.

Recordou que, na passada sexta-feira, 18, o seu pelouro reuniu-se, em Luanda, com representantes do sindicato dos professores com o objectivo de se encontrarem mecanismos de diálogo permanente e soluções que sirvam ambas as partes.