À entrada de Xangongo, sede do município da Ombadja, debaixo da ponte sobre o rio Cunene, a água corre solta em direcção ao Norte da Namíbia. O majestoso rio, que nasce no planalto central de Angola, serve de fronteira natural com o país vizinho, para depois abraçar o mar e perder-se nas profundezas do Atlântico.

Por esta altura do ano, o caudal do Cunene está baixo devido à falta de chuvas que se fazem sentir nesse município de 301 mil habitantes (dados do censo populacional de 2014), e com uma extensão territorial de 12.264 quilómetros quadrados. Segundo dados disponíveis, antes da inauguração do canal, o município possuía 56 furos de captação de água, mas que, na sua maioria, se encontravam avariados. A povoação do Cafu, no município de Ombadja, emprestou o seu nome ao canal que percorre uma distância de 160 quilómetros.

Com uma população de bovinos e caprinos estimada em vários milhares de cabeças, o município de Ombadja é potencialmente rico em pecuária, daí que o canal do Cafu alimentou muitas esperanças entre os criadores de gado e não só.

O canal foi, segundo dados oficiais, projectado para beneficiar 235 mil pessoas, 250 mil cabeças de gado, assim como uma área aproximada de cinco mil hectares para a prática da agricultura irrigada.

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