Numa nota hoje divulgada, os CFL avançam que estes episódios de destruição das composições, tanto no interior como no exterior, fazem-se sentir especialmente desde o mês de Agosto.

"A vandalização do Caminho de Ferro de Luanda tem vindo num inquietante crescendo, sobretudo desde o mês de Agosto, e nada escapa aos agressores de bens público, muito particularmente o exterior e o interior das carruagens", diz a empresa.

Esta destruição, segundo os CFL surge sem qualquer justificação ou fundamento porque se trata de bens de grande importância para a vida diária de largos milhares de pessoas que usam os comboios para se deslocarem neste corredor Luanda-Viana-Luanda.

Uma das formas mais violentas de vandalização é o apedrejamento das composições em movimento, partindo vidros das janelas e danificando o exterior da carruagens, muitas delas paradas por causa disso para reparações que podem ser avultadas.

Nenhuma das locomotivas ao serviço dos CFL neste trajecto escapou a estes actos de vandalismo.

"As doze novas locomotivas do tipo GE-C30-ACI já foram alvo desses actos de banditismo, com um incontável número de vidros partidos, levando à sua paralisação", nota a empresa, que acrescenta serem as zonas da Boavista, Sambizanga, Cazenga e Viana como aquelas que "constituem as zonas de maior risco no que se refere à incidência destes actos condenáveis".

Os CFL têm agora uma segunda linha de preocupações porque estão prestes a entrar ao serviço composições importadas da China, menos robustas, que podem sofrer danos mais avultados face a estes "ataques".

"Neste contexto e face a crescente onda de vandalização, o CFL expressa a sua apreensão com a entrada em circulação de novas composições, designadas DMU"s, fabricadas na China, para o transporte de passageiros, um material mais ligeiro e menos robusto, que corre o risco de ficar rapidamente fora de serviço", adverte a empresa neste comunicado.

E nota ainda que o cenário pode tornar-se insustentável "caso não haja uma intervenção categórica das autoridades e uma definitiva consciencialização cidadã dos utentes da ferrovia".