Luís Kicas João Francisco, de 54 anos, 3º subchefe da Polícia Nacional (PN), foi este domingo morto à facada, no bairro Mahamba, município de Cazengo, cidade de N'Dalatando, Kwanza Norte, pelo seu filho, que o acusava de ter vendido um terreno que, por herança, também lhe pertencia.

"O episódio teve lugar no exterior duma residência, quando a vitima se encontrava a participar num óbito ligado a um dos seus familiares. O seu filho apareceu no local, tendo alegado que o seu pai havia vendido uma parcela de terra que supostamente era tida como herança familiar que estava avaliada em 450 mil Kwanzas", disse o oficial em declarações ao NJOnline.

Adão Morais disse ainda que o autor confesso do crime de homicídio voluntário confessou em depoimento que matou o próprio pai porque queria ser ressarcido dos valores da venda do terreno.

"Ele (o acusado) disse que desejava ver ressarcido os valores da venda do terreno", conta, acrescentando que o desentendimento entre pai e filho surgiu quando o suspeito foi pedir satisfação ao progenitor sobre a venda do terreno.

"Fruto daquele desentendimento, o autor do crime recorreu a uma faca e desferiu vários golpes na vitima, que acabou por morrer no local", explicou.

"Segundo o jovem, a falta de apoio financeiro, e de atenção, está na origem desta tragédia que culminou na morte do efectivo da Polícia Nacional", afirmou, sublinhando que a detenção do suposto homicida contou com a boa colaboração da população.

"O mesmo já foi encaminhado ao Ministério Público (MP) para legalização da situação carcerária", disse.

O porta-voz do SIC-Kwanza Norte, salientou, no entanto, que desde o inicio do ano até a data presente, esta força "tomou conhecimento de 30 casos de homicídios", tendo detido oito pessoas por homicídio voluntário, dois deles por homicídio qualificado, estando três por esclarecer, sendo os restantes homicídios simples...