De acordo com um relatório da Global Forest Watch, só no ano passado o mundo perdeu uma área equivalente ao território da Holanda, ou quase o território agragado das províncias de Luanda e do Bengo - mais de 40 mil km2 - em florestas tropicais, sendo que, destes, mais de 4 milhões de hectares de tesouros naturais e biodiversidade irrecuperável desapareceram devido à acção humana.

Globalmente, as regiões tropicais perderam pouco mais de 12 milhões de área verde entre Janeiro e Dezembro de 2020, com destaque para vastas áreas de valor incalculável para a biodiversidade.

Estes dados foram recolhidos através da análise de imagens de satélite, sendo a América do Sul a região do mundo mais afectada, especialmente devido ao desmatamento da Amazónia brasileira.

Imediatamente a seguir surge a República Democrática do Congo, devido ao abate ilegal de árvores por uma indústria madeireira desregrada e com intenso abate de árvores de grande porte de forma ilegal, quase sempre para exportação igualmente ilegal para a Ásia.

Estes dados são ainda mais relevantes quando algumas organizações de defesa do ambiente de acção global estimavam que 2020 pudesse ser um ano de ligeira recuperação ou, pelo menos, de alívio na pressão sobre as florestas tropicais, devido à pandemia da Covid-19.

Por detrás desta destruição, no topo dos responsáveis, estão a agricultura e os incêndios, naturais, como sucedeu devido a vagas de calor na Austrália, Amazónia ou na Sibéria (Rússia), ou provocados, como é o caso de vastas áreas de florestas queimada para carvão ou para geração de pastos para os animais ou anda devido a projectos de mineração...

As florestas tropicais estão entre os principais receptáculos e absorventes de gases com efeito de estufa e outros poluentes e são, de longe, as reservas da maior parte das espécie da faua e da flora existentes no planeta.