Angola continua a apresentar desigualdade de género no acesso à Educação, a postos de decisão e ao emprego, em face da menor participação das mulheres no mercado de trabalho e da maior percentagem do género feminino no mercado informal e em empregos de menor remuneração, conclui um estudo da Mosaiko e da Fundação Fé e Cooperação (FEC) consultado pelo Novo Jornal, que adianta que a disparidade resulta das verbas "muito reduzidas" e "insuficientes" previstas no Orçamento Geral do Estado (OGE) para programas com iniciativas e indicadores de género especificamente desenhados para promover a equidade.

Na lista de causas do anunciado desequilíbrio, evocam-se as despesas sociais, em particular nas áreas da Educação e da Saúde, que se encontram "muito distantes" dos compromissos assumidos pelo País a nível internacional e revelam, segundo a Mosaiko e a FEC, "a quase generalizada desatenção face à recomendação da Política Nacional para a Igualdade e Equidade de Género (PNIEG) no que respeita à alocação de verbas às questões de género em todos os departamentos ministeriais".

Intitulada OGE 2019R, 2020R e 2021 Angola - Uma Abordagem na Perspectiva de Género, a pesquisa sublinha que a integração da perspectiva de género no processo orçamental continua a ser um desafio público ambicioso que exige "mudanças profundas" de mentalidades e práticas.

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