"Na província da Huíla há pessoas que por falta de comida comem raízes estranhas ou fervem "mirangolos" verdes (fruta da mata) e algumas pessoas não resistem e infelizmente morrem", contou ao Novo Jornal Mensageiro Andrade, um dos organizadores da marcha.

Segundo este activista, que falou em nome dos demais, a seca está a afectar fortemente a região dos Gambos e da Chibia e muitas famílias estão a passar de fome, com muitas destas pessoas a morrerem.

Por isso, prossegue, é que vários jovens da sociedade civil vão sair à rua este Sábado na cidade do Lubango para pressionar as autoridades locais a travar o problema da fome nestas localidades da província da Huíla.

Conforme a comissão organizadora da marcha, a concentração está prevista para às 11:00, no jardim da Sé Catedral (entre a igreja católica e a cultura), e a partida está marcada para as 13:00, saindo da rotunda do Laureano até ao mercado Amako, na cidade do Lubango.

Mensageiro Andrade assegurou ao Novo Jornal que a realização da marcha, pacífica e ordeira, já foi dada a conhecer à administração municipal do Lubango, delegação do Ministério do Interior e do círculo provincial dos deputados da Huíla.

"Os nossos irmãos passam por dificuldades inimagináveis. Estão a viver como se não fossem humanos, por isso, nós, a sociedade civil da Huíla, decidimos marchar para condenarmos isso. O Governo tem conhecimento disso, mas infelizmente mostra-se insensível", explicou.