Estes indivíduos foram mortos na sequência de uma perseguição realizada por elementos das forças de segurança, disse ao Novo Jornal fonte ligada à primeira linha da investigação que decorre no SIC para apurar os detalhes da operação.

Um dos indivíduos foi encontrado com um mandado de soltura no bolso por ter saído recentemente da cadeia da comarca de Viana, de onde, apurou o Novo Jornal, foi posto em liberdade porque excedeu o tempo de prisão preventiva.

Um dos indivíduos mortos tinha um cinto da farda da polícia e isso levou às autoridades a admitirem que se trata de um elemento da PN. Se deixou a corporação é uma das questões que só as investigações vão clarificar.

Entretanto, vídeos e fotografias do grupo de presumíveis delinquentes abatidos a circular nas redes sociais mostram os seus corpos com evidências de disparos de arma de fogo e nalgumas fotografias são visíveis armas ao lado dos cadáveres.

Ao longo dos últimos anos, esta não é a primeira vez que um grupo de alegados criminosos aparece em bairros de Luanda, com sinais de que se tratou de indivíduos abatidos à queima-roupa, havendo suspeitas, embora nunca confirmadas, de que, em alguns dos episódios, pelo menos, se tratou de trabalho de "limpeza" realizado por elementos ligados às forças policiais.

Mas há casos onde elementos ligados às forças de segurança surgem em vídeos não refutados por estas a abater à queima-roupa indivíduos com pesado cadastro criminal.

Sobre este episódio foi, no Domingo, emitido um comunicado do SIC, onde esta polícia criminal informa que "os investigadores criminais e peritos de campo do Laboratório Central de Criminalística deslocaram- se ao local da ocorrência e procederam à remoção dos cadáveres".

O SIC informa ainda que abriu também um processo de investigação para apurar as circunstâncias detalhadas em que ocorreram estas mortes.

Na nota enviada às redacções, o Serviço de Investigação Criminal informa que três dos homens encontrados mortos tinham junto de si armas de fogo do tipo pistola.

No comunicado, o SIC pede igualmente a todos os cidadãos "serenidade e colaboração para o mais urgente esclarecimento deste infausto acontecimento".