"A reunião negocial que estava marcada para hoje com o Executivo foi adiada a pedido do Ministério da Educação. Segundo o MED, ainda não recebeu do MINFIN e do MAPTSS o retorno relativamente à nossa proposta de reajustamento de 22% na nossa pauta de subsídios, bem como resposta a outras questões estruturantes que não foram discutidas no dia 16 último", informou aos associados Admar Jinguma, secretário-geral do SINPRPF.

O SINPROF entende que se for atribuído um subsídio de inovação pedagógica de 22 por cento os professores passam a estar em pé de igualdade com os outros profissionais do sector público. A proposta do Executivo é de apenas 7,5 por cento.

Insatisfeito, o SINPROF suspendeu as conversações com o Executivo no dia 16 deste mês e deu oito dias ao Governo para que este apresente novas propostas, o que não aconteceu esta segunda-feira, dia em que estava agendada nova reunião.

"Estava previsto para hoje um encontro negocial já que não chegámos a um entendimento no encontro do dia 16. A proposta de incremento de 7,5 por cento não nos agradou e solicitámos a suspensão para que o Governo, por via dos três departamentos ministeriais, pudesse reavaliar a proposta e nos trouxesse uma mais próxima da nossa exigência", disse à RNA o secretário-geral do SINPROF.

Entretanto, alguns professores "desconfiam" de que não há vontade da parte do MED em negociar com o SINPROF e entendem que a terceira fase da greve deve ser realizada.

Nas redes sociais, por exemplo, vários são os professores que manifestam tristeza pelo facto do encontro desta segunda-feira entre o MED e o SINPROF ser adiado sem nova data à vista.

"Chega de jogar o jogo sujo do MED, o MED deve jogar segundo as nossas regras de jogo. Estamos a ser uma marioneta totalmente dominada", escreveu o professor Jacimar Alberto.

"Já nos "apanharam as patas". Não estudámos para passar por estas humilhações. A greve é a melhor via. O SINPROF deve tomar uma posição, pois tempo não lhes faltou para resolução", disse Teresa Teté, também professora.

Matias Pontes, outro docente, escreveu: " Deu-se a moratória, não cumpriram com o estabelecido, hoje adia-se o encontro! Só confirmam o desinteresse em solucionar o nosso problema".

Sobre este adiamento, sem nova data para um encontro, o Novo Jornal tentou insistentemente ouvir o SINPROF, mas sem sucesso.