Os atropelos aos princípios éticos e deontológicos no exercício jornalístico em Angola estão a ser apontados como razões que deverão concorrer para que a pretensão do Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social (MINTICS) de elevar a imprensa do País a "lugar de destaque" na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) não se concretize.

O desejo de promover a imprensa angolana para torná-la atractiva e ser um exemplo na região foi manifestado pelo titular do MINTIC, Manuel Homem, durante o primeiro Conselho Consultivo Alargado do pelouro, realizado recentemente.

O governante prometeu, entre outras coisas, a modernização do sector, sem, no entanto, sublinhar se o apoio para tal deverá ser exclusivo aos órgãos públicos ou se deverão ser extensivos aos meios de comunicação social privados.

Em reacção aos pronunciamentos do ministro Manuel Homem, Luísa Rogério, presidente da Comissão de Carteira e Ética dos Jornalistas, tomou por legítima e atractiva a ambição do Governo, mas considerou existirem "muitas questões de inobservância à ética e à deontologia", como os "problemas a nível de contraditório e de autocensura", que podem concorrer para que o desejo do MINTICS não se concretize.

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