É o segundo concurso no espaço de um ano. O primeiro realizou-se em Dezembro do ano passado e foram admitidos cinco mil candidatos.

Com uma população estimada em mais de 30 milhões de habitantes, Angola dispõe apenas de 6.400 médicos. Ou seja, o país tem uma média de um médico para quase cinco mil pessoas, estando longe dos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda um médico para cada mil habitantes.

Cálculos feitos pelo Novo Jornal mostram que, para chegar perto do rácio da OMS e atender à demanda do Sistema Nacional de Saúde, o país precisaria de, pelo menos, 30 mil médicos.

Durante a cerimónia de abertura do concurso público, na província do Huambo, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, reconheceu que o país ainda tem "grandes insuficiências", quer quantitativas, quer qualitativas, de recursos humanos, associada a uma distribuição deficiente de quadros e grande dependência de técnicos expatriados.

Recentemente, o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, garantiu que os concursos públicos para os sectores da Saúde e Educação serão anuais.

Mais de 15 mil enfermeiros desempregados e 17 mil ilegais

Dados mais recentes da Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA) dão conta da existência de mais de 15 mil enfermeiros desempregados, sendo que 12 mil possuem a carteira profissional. Em declarações ao NJ, o bastonário da ORDENFA, Paulo Luvualu, afirmou que estão inscritos na ordem cerca de 39 mil enfermeiros.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)