Paulo de Almeida teceu estas considerações no acto de encerramento do 18° Curso Básico de Polícia de Ordem Pública, que decorreu no início da tarde desta terça-feira,13, na Escola Nacional de Polícia de Protecção e Intervenção, no Kikuxi, município de Viana em Luanda.

"A Polícia Nacional não é um mar de rosas, não é uma instituição para comodismos, vocês vão enfrentar situações delicadas, devem combater pelo domínio automático, controlo, pautar por acções pedagógicas para podermos corrigir determinados actos de violência no seio da corporação, sobretudo na via pública", lembrou Paulo de Almeida aos 1552 novos efectivos da PN, provenientes das Forças Armadas Angolanas (FAA).

"Vocês faziam parte do quadro miliciano das Forças Armadas Angolanas e devem entender que o licenciamento à disponibilidade das FAA representa o cumprimento do serviço militar obrigatório. A PN é uma instituição militarizada profissional, cujo ingresso faz-se a partir da base, pelo que, cumpridos os requisitos supracitados e terminado o curso, os senhores iniciam uma carreira profissional no quadro permanente da corporação, passam a ser agentes da autoridade", sublinhou.

De acordo com o Comissário Geral, nos últimos tempos têm-se registado excessos e, por isso, "é preciso destacar que o polícia é uma pessoa do bem, o polícia é apartidário e deve proteger os interesses e princípios superiores do Estado".

"A polícia é uma instituição de bem, de bem servir, a polícia deve ser o espelho da sociedade, a sua reserva moral... o polícia deve ser íntegro, fiel à Constituição e à Lei, cumpridor das suas obrigações e missões, bem como cumpridor das normas cívicas e dos bons costumes", aponta, destacando que ser efectivo da Polícia Nacional "é ter um compromisso com a Pátria, na base do respeito, da hierarquia, disciplina e rigor durante a sua missão".

O responsável os novos agentes da PN para a necessidade de manterem em permanência um comportamento adequado no exercício da profissão.

"Vocês assumiram o vosso compromisso, não podem ter práticas indecorosas, não queremos excessos, abusos de autoridade, nós também estamos sujeitos à lei, não saiam daqui para as ruas a extorquir, começar a prender tudo e todos como se fossem os donos da lei. Todos nós devemos obediência à lei. Por isso a nossa actuação deve ser no estrito cumprimento da lei", avisou.