Isaac Lando, também conhecido por Proboy, anda "completamente chateado" com as condições de vida no País. Praticamente desempregado, desdobrando-se entre a prestação de serviços de garçon numa hospedaria do musseque de Luanda e os raros biscates que lhe aparecem na condição de ladrilhador, o jovem, de 27 anos, não tem dúvidas: na primeira oportunidade, vai abandonar a Pátria rumo ao Canadá ou aos Estados Unidos da América. E mostra-se confiante: "Com a minha profissão na cabeça, não me perco num País sério, só mesmo em Angola".

Por isso, todos os dias, mas principalmente aos fins-de-semana, gasta mil kwanzas nos serviços da Elephant Bet, vulgo "Angofoot", fazendo um total de cinco apostas, cada uma no valor de 200 kwanzas. E o método é simples: nos quatro primeiros boletins, também denominados fichas, aposta numa vitória ou empate das equipas teoricamente mais fortes (o que lhe dá um retorno nunca superior a cinco mil kwanzas), enquanto o quinto e último boletim é reservado a apostas mais arriscadas, com muito poucas probabilidades de acontecer, mas cujo retorno, em caso de sucesso, lhe renderia os milhões necessários para a realização do seu "sonho américo-canadiano".

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