O Instituto Nacional da Criança (INAC), através da linha "SOS - Criança", plataforma para denúncias de casos de violação dos direitos dos menores, recebeu 76.404 queixas em 2021, do total de 236. 106 chamadas recepcionadas em todo o País.

Segundo um relatório referente ao período entre Janeiro e Dezembro do ano passado, neste intervalo, o destaque das denúncias incidiram para os casos de fuga à paternidade com 25.269 casos, o que corresponde a 33% das ligações. Seguiram-se as denúncias de violência física, com 11.755; psicológica em terceiro lugar, com 6.314 casos; violação sexual, com 4.801; as negligências, com 4.702 e mais de 23 mil relacionados com outros casos de violência.

Para o director do INAC, Paulo Kalessi, os números demonstram que as crianças cujos progenitores negam a sua paternidade formam o grupo maioritário de menores vítimas de violência, sendo extremamente vulneráveis e com muitos desafios por superar.

De acordo com dados de um documento elaborado pelo Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, em conjunto com o Instituto Nacional da Criança, intitulado Relatório Estatístico das denúncias recebidas pelo Call Center SOS-Criança durante o ano 2021, consultado pelo Novo Jornal, Luanda continua a liderar a lista das denúncias contra a criança, com 29.293 registos em 12 meses, ficando a província do Zaire em segundo, com 7.509 denúncias, seguida da Huíla (6.914), Benguela (6.054), Huambo (5.415), Uíge (4.802) e Malanje (4.702).

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