Seis meses depois do homicídio, fonte do Laboratório Central de Criminalística (LCC) garantiu ao Novo Jornal, que a perícia do Serviço de Investigação Criminal (SIC) não consegue identificar assassinos envolvidos nesta execução.

O crime aconteceu há seis meses, mas as investigações conduzidas pelo Serviço de Investigação Criminal, até agora, não surtiram efeito e continua por solucionar o caso que chocou a sociedade luandense.

A mesma fonte assegurou ainda que o processo-crime nº 13836/2020 de homicídio qualificado encontra-se até agora com "autoria desconhecida porque o SIC-Luanda, contínua sem pistas sobre os autores do crime".

"No dia em que Márcia dos Santos foi assassinada, o local não foi isolado até à chegada da perícia. Isso complicou o trabalho dos efectivos do SIC afectos ao Laboratório Central de Criminalística", disse, lembrando que, quando isso ocorre, as pistas desaparecem, "e uma investigação que começa assim, normalmente não chega a lugar nenhum".

Segundo a fonte do LCC, a qualidade da investigação criminal em Angola é prejudicada na sua qualidade por muitas razões, desde o excesso de crimes até à falta de especialização policial no seio da corporação em geral.

Este caso, para que pudesse estar a ser devidamente investigado, teria de contar com "provas e elementos probatórios para seguir", ou seja, para se ter noção de onde e quando começar a investigar o caso.

"Neste momento, existem muitas dificuldades para identificarmos os assassinos de Márcia dos Santos devido à falta de pistas que desapareceram no local do crime quando a mulher foi assassinada", descreveu.

De recordar que Márcia dos Santos trabalhava na Movicel como chefe do Departamento de Finanças e foi esfaqueada na região do pescoço, no abdómen e na mão direita, tendo sido encontrada também, na data dos factos, com queimaduras no seio do lado esquerdo.