O caso remonta à manhã de 19 de Setembro de 2020, quando o arguido se encontrava a exercer ilegalmente as funções de médico no interior da sua residência, no bairro da Quinta Brigada, no município do Negage, submetendo a vítima de 60 anos a uma intervenção cirúrgica para remoção de um suposto "tumor maligno no membro inferior direito".

A vítima veio a morrer depois de 30 minutos e o arguido colocou-se em fuga deixando o cadáver estendido no chão no interior da sua residência.

"Passado sete meses do crime, o homem foi detido em cumprimento de um mandado de detenção pela Procuradoria-Geral da República no Uíge", disse a fonte.

Ao Novo Jornal, Serafim dos Santos disse ainda que o arguido, após a sua detenção, foi encaminhado para cadeia da comarca do Congo, na província do Uíge, onde vai aguardar o julgamento em prisão preventiva, por crime de homicídio voluntário.

O responsável sublinhou, entretanto, que o suspeito de 51 anos exercia às funções de médico sem qualquer habilitação académica.

"Ele (o suspeito) durante os interrogatórios, confessou a autoria do crime de que está a ser acusado e revelou também como realizou a cirurgia à vítima", disse, acrescentando que o arguido argumentou, ainda na fase dos inquirições, que já tinha atendido alguns pacientes e nunca teve problemas do género.

"A detenção do implicado ocorreu no bairro Capote em função de denúncias de populares e do trabalho de inteligência policial aturado durante o tempo em que o mesmo estava foragido das autoridades", concluiu.