Com um discurso voltado para a mudança, que define como um "imperativo urgente" - nomeadamente "por causa de um elevado número de mulheres angolanas que perdem a vida no parto, por falta de assistência médica e medicamentosa adequada" -, Abel Chivukuvuku sublinha a importância de um processo eleitoral justo para promover essa viragem.

Descontente com o clima político que está a rodear a corrida às urnas, o líder da CASA-CE considera que o ambiente criado não favorece a realização de "livres, justas e transparentes".

Na base da crítica de Chivukuvuku encontra-se a cobertura mediática que tem sido feita pelos órgãos públicos, reparo que tem sido repetido pelos diferentes partidos da oposição.

"A comunicação social pública não pode continuar a discriminar e a promover desavergonhada e ilegalmente, o candidato do partido no poder, em detrimento dos demais. Para que haja justeza, os órgãos eleitorais têm de ser verdadeiramente independentes", apontou o político, citado pela agência Lusa.

Apesar do mau arranque, o responsável considera que "se houver vontade política, as anomalias actuais podem ser corrigidas", pelo que manifesta disponibilidade para "colaborar com as instituições públicas, que têm responsabilidades eleitorais".

O líder da CASA-CE insiste na ideia de que é fundamental garantir a transparência, algo que, no seu entender, pressupõe o cumprimento de várias exigências: "Lisura, contagem e publicação dos resultados nas assembleias de voto e ao nível municipal; acesso igual de todos os representantes dos candidatos às salas de escrutínio a todos os níveis e atendimento igual e atempado a todas as reclamações sobre eventuais irregularidades".