"A não assinatura do contrato assenta no facto de que, a adjudicação do mesmo à PwC, conformou um quadro de conflito de interesses", explica a Sonangol em comunicado.
Segundo a mensagem, enviada à redacção do Novo Jornal Online, esse conflito decorre do facto de a mesma empresa "já ter sido contratada como consultora financeira, no âmbito do Concurso Limitado por Prévia Qualificação, realizado nos termos da Lei 9/16 de 16 de Junho, dos Contratos Públicos".
A petrolífera nacional esclarece também que decisão foi igualmente determinada pela "observância à Lei de Base do Sector Empresarial Público, a qual determina que o perfil do auditor para a Sonangol tem que ser definido pelo titular do Poder Executivo".
No comunicado, a companhia estatal avança ainda que "analisados os pressupostos que rodearam a contratação, concluiu-se ter havido uma alteração substancial das circunstâncias que determinaram a realização do concurso" que ditou a adjudicação do contrato à PwC.
A consultora tinha sido escolhida pela administração de Isabel dos Santos para auditar as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Sonangol E.P. e das suas subsidiárias.
De acordo com a informação prestada no início de Novembro pela petrolífera nacional, a opção pela PwC "salvaguardou o cumprimento de todos os trâmites legalmente previstos" e incluiu "etapas adicionais de interacção directa entre as partes, no sentido de reforçar a transparência, equidade e aplicação dos princípios éticos", que "presentemente, regem a actividade da empresa".