Num comunicado emitido pela IDE é feita referência aos "muitos interesses comuns" entre Angola e Israel e esta oferta de diamantes em bruto na bolsa de diamantes israelita "é uma oportunidade para estreitar os laços entre os sectores diamantíferos dos dois países".
A nota, assinada pelo presidente da IDE, Yoram Dvash, acrescenta ainda que este organismo está "satisfeito" com o facto de Angola estar prestes a atingir o patamar cimeiro dos grandes produtores de diamantes mundiais que escolheram Israel para procederam à venda das suas produções.
Não foram avançados dados sobre a quantiadde de pedras ou de quilates que vão estar disponíveis na IDE.
Israel está entre os países com as mais desenvolvidas indústrias de transformação de diamantes e é um dos maiores importadores mundiais, sendo disso exemplo os 3 mil milhões USD de pedras em bruto importadas em 2018.
Há vários anos que empresas israelitas têm representação em Angola na área dos diamantes, sendo o país um dos muitos importadores de diamantes angolanos.
A nova legislação para o sector aprovada em Angola pelo Governo de João Lourenço é um dos factores que tem aproximado o sector diamantífero angolano dos grandes palcos mundiais de venda e exposição de gemas.
Uma das mais relevantes alterações na legislação aplicada ao sector foi o fim do monopólio da venda de diamantes, que estava nas mãos da Sodiam, e o fim da política dos clientes preferenciais.
Com estas alterações, plasmadas em Decreto Presidencial de 19 de Junho de 2018, as empresas podem agora proceder à venda das suas produções por sua conta e risco até 60 por cento e não estão obrigadas, como sucedia até então, a vender os seus diamantes a clientes escolhidos pela Sodiam e pela Endiama, que beneficiava claramente um grupo de pessoas próximas do poder, afastando assim as grandes companhias internacionais da indústria angolana.
Foi esta nova legislação que abriu caminho à realização do 1º leilão de diamantes extraídos na mina do Lulo, a 30 de Janeiro, em Angola, inaugurando uma nova era para o sector.
A IDE, que será agora palco de um novo salto qualitativo no negócio dos diamantes angolanos, é uma companhia privada e é a maior bolsa de diamantes do mundo, tanto no segmento dos brutos como nos lapidados, agregando 3.100 membros e empresas que abarcam todos os aspectos do universo deste negócio e é conhecido por proporcionar aos seus clientes o máximo conforto e segurança na cadeia de actividades que suporta.
Uma das mais luzidias ferramentas de promoção da IDE é o facto de trabalhar de acordo com o conceito "tudo sob o mesmo tecto", o que significa que os clientes encontram no mesmo espaço tudo o que precisam, desde as empresas de importação aos bancos, passando pela área dos seguros, telecomunicações, correios, lojas, ginásios, serviços médicos, etc.