Na última batalha eleitoral entre os democratas, no Nevada, Bernie Sanders levou, mais uma vez, vantagem sobre os oponentes, onde constam alguns pesos-pesados, como Joe Biden, antigo vice-Presidente de Barack Obama, somando a terceira vitória consecutiva em três eleições estaduais, com um "score" 100% vitorioso.
Bernie Sanders, de 78 anos, é um veterano da política norte-americana e das candidaturas entre os democratas para disputar o cargo de Presidente dos EUA, sendo esta aquela que os analistas consideram que o senador do Vermont tem mais possibilidades de sucesso.
Isto, tendo em conta que soma três vitórias em três disputas e nesta última, no Nevada, Las Vegas, já contou com a chegada à corrida eleitoral do multimilionário Michael Bloomberg, que, segundo os media norte-americanos, já gastou mais de 400 milhões de dólares na sua campanha eleitoral.
Mas Bernie Sanders parece estar a superar todos esses desafios e consolidou agora, nas eleições deste fim-de-semana, no Nevada, a sua posição de liderança na corrida à nomeação democrata para se bater com o igualmente septuagenário - 73 anos - Donald Trump, nas eleições de Novembro.
Mas foi igualmente em Las Vegas que se pode ter jogado a sorte de Joe Biden, que, com um segundo lugar, conseguiu retomar o fôlego eleitoral, assumindo-se de novo, depois dos desaires anteriores, como um dos favoritos, a par de Sanders e do até aqui quase desconhecido "mayor", ou presidente do município, Pete Buttigieg, de South Bend, no Indiana.
Mas os números não enganam Sanders ganhou com 47 por cento dos vostos, Biden ficou-se pelos 19% e o autarca de South Bend não foi além dos 15%.
Esta corrida vitoriosa, pelo pelos até agora, de Sanders surge como um claro contraste face ao seu "inimigo", Donald Trump, sobre quem já disse querer apagar o rasto da história dos EUA pelo mal que fez ao país nos últimos anos, afirmando-se como um "socialista democrático" que quer "transformar os EUA" de alto a baixo.
E parece ser isso que os norte-americanos querem ver acontecer, pelo menos segundo as sondagens, os mais novos, mais educados, os latinos e as pessoas de meia-idade com maior educação política.
Nas suas últimas declarações em públkco, Sanders disse que a sua máquina eleitoral é constituída por "uma coligação multirracial e multigeracional que não ganhou apenas no Nevada, vai varrer o país inteiro".
A próxima votação entre os democratas é na Carolina do Sul, onde as sondagens colocam Joe Biden à frente, com Sanders em segundo lugar nas intenções de voto.
Entretanto, Donald Trump felicitou Bernie Sanders pela vitória no Nevada e, ironizando, pediu que os democratas o tratem com justiça-
Mas, nestas eleições, naquilo que promete voltar a ser um dos casos da campanha para as presidenciais de Novembro, voltaram a surgir fortes rumores e notícias de uma alegada interferência russa com o intuito de influenciar a eleição do próximo inquilino da Casa Branca.
Nesta fase, a versão que corre na imprensa dos EUA, mesmo que algumas destas notícias não sejam mais de falsas notícias, é que o Kremlin está a ajudar Sanders para que este ganhe a Joe Biden porque em Novembro Trump terá mais e melhores chances de ganhar face ao senador do Vermont que contra o ex-vice-Presidente de Barack Obama.
A influência russa, tal como sucedeu nas eleições anteriores, é concretizada, alegadamente, através da manipulação das redes sociais e da produção de notícias estratégicas nos média russos em língua inglesa, como a televisão RT.