Este esforço do UNICEF envolve a aquisição de mais de 2 mil milhões de vacinas, o que envolve, segundo avançou a directora do departamento de distribuição de bens, Etleva Kadilli, ao site UN News, perto de 350 parceiros em todo o planeta, incluindo companhias de aviação, de transportes marítimos e terrestres e empresas de logística.
Este esforço está a ser feito para que as vacinas possam começar a ser distribuídas logo que estejam disponíveis no mercado, adiantado Kadilli que só vai ser possível levar este plano em frente com sucesso se os parceiros estiverem igualmente empenhados.
Trata-se nem mais nem menos do maior esforço logístico de sempre realizado pela UNICEF desde que esta agência da ONU foi criada em Dezembro de 1946, com sede em Nova Iorque, EUA, apontando esta responsável como fundamental garantir que as vacinas chegam aos locais definidos no plano "imediatamente após estarem disponíveis e da forma mais segura possível".
"É uma operação gigantesca e histórica que exige sólidas garantias de transportes no terreno", disse Etleva Kadilli, referindo-se ao facto de estar em causa o transporte de muitos milhares de toneladas de material, desde logo as vacinas com as condições técnicas exigentes, como as baixas temperaturas no seu armazenamento, as seringas, o equipamento de protecção pessoal que está na linha da frente desta operação planetária que tem como um dos principais parceiros a IATA, a Associação Internacional de Transportes Aéreos.
Os 92 países que estão no mapa desta gigantesca operação logística, quase todos de baixo e médio rendimento, vão estar no caminho da maior e mais rápida operação logística de sempre liderada pelo UNICEF, embora o "Fundo" conte com uma larga experiência nesta área visto que anualmente já distribui milhões de vacinas em mais de 100 países do mundo.
Para garantir o sucesso desta empreitada, ainda segundo o site UN News, o UNICEF e a Organização Mundial de Saúde (OMS) estão já no terreno a mapear as linhas de distribuição existentes, anto privadas como públicas, de forma a serem introduzidas neste esforço, contando, para isso com o apoio dos Governos, especialmente no aproveitamento dos pré-existentes equipamentos de armazenamento a frio.
Uma ajuda excepcional para este esforço é o investimento já feito, especialmente em África, desde 2017, com a instalação de mais de 40 mil cadeias de frio incluindo equipamento desta natureza a funcionar a energia solar, ao mesmo tempo que a energia solar está a ser utlizada para a montagem de equipamento agora onde ainda não existe.
As vacinas de distribuição prioritária nesta operação são aquelas que foram ou estão a ser produzidas por empresas agregadas à COVAX, um mecanismo internacional que integra a Aliança de Vacinas (GAVI) e a OMS.