O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos deu o aval à emissão das certidões de constituição da associação, enquanto organização de defesa de direitos humanos, que conta com três anos de existência e que aguardava, desde 2016, o documento que lhes permite a legalização e o acesso a financiamentos de instituições internacionais para as actividades que desenvolve regularmente.
De acordo com o director executivo da Íris, Carlos Fernandes, a associação, com sede em Luanda, no Kinaxixi, e delegações nas províncias de Benguela e Lubango, conta com cerca de 200 associados.
A direcção é constituída por 24 pessoas, mas a Íris está aberta a todos quantos queiram quebrar as barreiras do preconceito contra uma comunidade que ainda é vítima de perseguição em Angola.
"Ainda existe uma certa perseguição da comunidade LGBT em Angola. O preconceito começa nas famílias e estende-se ao trabalho, à escola, ao acesso à saúde, etc."
Amanhã, vários elementos da associação vão estar em Alvalade, na Marçal, num projecto de saúde, financiado pelo Instituto Nacional contra a Sida, a ONU Sida, entre outras, numa palestra sobre sexualidade, orientação sexual, género, identidades de género e expressão de género, destinada a 20 organizações da sociedade civil, como a Cuidar da Infância, a H Maiúscula, e o Arquivo de Identificação angolano.