Após quase 11 horas de debate, defesas e ataques à presidência, insultos, vaias e deputados a fazerem claque pelas respectivas posições, o presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD), anunciou o resultado.

Este desfecho já era esperado por todos, inclusive pelos apoiantes do governo de Dilma, e que leva a decisão da queda ou não da presidente para a Câmara dos Deputados, para um debate que, previsivelmente começará já na próxima sexta-feira e poderá prolongar-se até domingo.

O resultado da votação vai ser ainda hoje anunciado na Câmara, a seguir é publicado no Diário Oficial da União e, 48 horas depois, estão reunidas as condições legais para arrancar com os trabalhos de votação no plenário.

O governo deposita esperanças na rejeição do processo porque na câmara baixa não basta a maioria simples para destituir a presidente. São necessários dois terços dos votos dos parlamentares, ou seja, 342 a favor do “impeachment” num universo de 513 deputados.

Caso a destituição de Dilma alcance na Câmara dos Deputados os votos necessários para prosseguir com o processo, segue-se ainda a votação no Senado. Na câmara alta basta recolher metade dos votos mais um entre os 81 senadores (41) para se consumar a destituição.

Nesse caso o actual vice, Michel Temer, assumirá o cargo de presidente até 2018, data das novas eleições gerais no país.