Segundo o despacho presidencial a que o Novo Jornal teve acesso, este empréstimo deve-se à necessidade de aumentar a oferta e o acesso aos cursos e programas de Ensino Superior, de modo a proporcionar mais oportunidades para a aquisição de competências e conhecimento.

No documento é igualmente aprovada a doação de 50 milhões de dólares da Global Partnership for Education (GPE), para o apoio ao mesmo projecto.

O PR autoriza a ministra das Finanças a assinar o acordo de financiamento com o IBRD, e o acordo de doação com a Global Partnership for Education (GPE), bem como toda a documentação com eles relacionada.

Em Dezembro de 2023, o Banco Mundial (BM) anunciava ter aprovado um programa, denominado TEST, para apoiar, durante dez anos, o sistema de ensino superior angolano, para melhorar e expandir o sector de formação de professores no País, melhorar a qualidade dos programas em áreas estratégicas prioritárias e reforçar a governança no sistema educativo. A primeira fase do projetco de Educação Superior, Ciência e Tecnologia (TEST) disponibiliza150 milhões USD para melhorar e expandir o sector de formação de professores em Angola, melhorar a qualidade dos programas em áreas estratégicas prioritárias e reforçar a governança no sistema educativo.

Dizia o BM que o sector da educação em Angola se tem debatido "com fracos resultados de aprendizagem e com uma percentagem cada vez maior de jovens que não frequentam a escola".

"Estes desafios são ainda agravados pelas pressões demográficas do país e pelos baixos níveis de investimento na educação, o que resulta numa escassez de professores e de salas de aula para absorver as crianças a todos os níveis. Estas condições resultam em estudantes que não estão suficientemente preparados para o ensino superior", referia o documento do Banco Mundial que o Novo Jornal consultou.

O TEST é um programa de dez anos que adopta uma abordagem programática multifásica, com três fases propostas, no valor total de 550 milhões USD, segundo o BM, que acrescenta que o programa tem como objetivo aumentar o número de licenciados altamente qualificados com competências alinhadas com o mercado de trabalho em áreas estratégicas prioritárias.

Segundo o Banco Mundial, o TEST ajudará Angola a tirar o máximo proveito da sua vantagem demográfica, assegurando as bases para a aprendizagem e reposicionando o sector da educação "de modo a dotar as gerações futuras com competências para combater os choques e impulsionar o desenvolvimento económico".

"Esta primeira fase de investimentos beneficiará mais de 150.000 jovens angolanos, dos quais pelo menos metade serão mulheres jovens. Ao longo dos próximos dez anos, a expansão e as melhorias na formação de professores acabarão por chegar a 3,2 milhões de estudantes angolanos com melhores oportunidades de aprendizagem", garante o BM referindo que as melhorias nas infra-estruturas digitais e na formação de competências "também ajudarão a preparar a força de trabalho de Angola para a economia do futuro."