No país em que até o passado é imprevisível, no dizer da saudosa Christine Messiant, o vazio que os estudiosos encontram sobre a sua história foi em grande parte mitigado pelos seus estudos e publicações.

Sob a orientação da Professora Jill Dias, iniciou em 1995 estudos sobre a Baixa de Kasanje e a questão algodoeira, tendo publicado vários artigos sobre o tema. Curiosamente, eles confirmaram o já exposto por René Pélissier relativo à data do massacre de Teka-diá-Kinda, que terá sido a 6 de Fevereiro de 1961 e não a 4 de Janeiro, como a versão oficial angolana estabelece.


Aida tornou-se angolana ao casar com Percy Freudenthal (1938-2022), o director-fundador da Sonangol, e com ele militou pela independência de Angola ligados à Casa dos Estudantes do Império em Lisboa. Depois da independência trabalhou no Ministério da Educação até mudar-se para Lisboa.

Dez anos depois voltou a Angola e a partir daí privei mais com ela, quando preparava a sua dissertação de mestrado e mais tarde, com o aprofundamento da investigação, com a publicação do livro "Arimos e fazendas: a transição agrária em Angola, 1850-1880", da Chá de Caxinde, que tive a honra de prefaciar.

O último contacto profissional com a Aida foi através de uma entrevista que ela decidiu fazer-me, publicada na Revista Transversos em 2019.

A Aida e o seu amado Percy continuam ligados à agricultura angolana através do seu filho Pedro, que actualmente dirige a maior fazenda de produção de milho.
Estamos juntos!