De acordo com despachos presidenciais de 23 de Maio, o Executivo adjudica estas empreitadas, a realizar nas províncias do Bengo, Bié, Huambo, Namibe, Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Malanje e Uíge, a empresas chinesas, a financiar pela Linha de Crédito da China (LCC) a Angola.

Os concursos, lê-se nos documentos, foram limitados "por prévia qualificação" das empresas, no âmbito desta linha de financiamento.

No entanto, os despachos prevêem que no contrato de adjudicação devem ser indicadas as empresas angolanas a subcontratar em cada empreitada, "garantindo preferência por aquelas que se encontram sediadas nas províncias onde se vão desenvolver os projectos".

As 23 empreitadas agora autorizadas, 15 das quais para a construção de novos sistemas de abastecimento de água e as oito restantes para a reabilitação e reparação de estradas e vias secundárias ou terciárias, totalizam mais de 10 por cento da linha de financiamento chinês.

Apenas para a reabilitação da estrada Catchiungo/Chinhama, no Huambo, a China Railway 20 (CR20) é contratada por 58,4 milhões de dólares, enquanto no Bié, a mesma empresa vai assegurar a construção do sistema de abastecimento de água à cidade de Cuíto, obra adjudicada por 39,2 milhões de dólares.

No plano operacional da LCC, elaborado pelo Governo angolano com as obras a realizar pelas empresas chinesas ao abrigo deste financiamento, o sector da Energia e Águas lidera, em termos dos montantes a investir, entre nove sectores, com 2.174.238.412 dólares alocados para 34 projectos.

O sector da Construção, incluindo a reabilitação de estradas, contará com 33 projectos, mobilizando 1.644.282.124 dólares.

O sector da Educação é o que concentra o maior número de projectos, num total de 55, sobretudo a construção de escolas, num investimento global de 373.348.412 dólares.

O documento é acompanhado por uma lista com 37 empresas chinesas "recomendadas para o mercado angolano", ao abrigo da LCC.