Advogado de profissão, Armindo Cipriano Maurício, natural da ilha de Santo Antão, encontrava-se internado há uma semana nos cuidados intensivos do Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia, onde residia há vários anos.

Armindo Maurício foi ministro da Defesa e dos Assuntos Parlamentares num dos executivos liderados por José Maria Neves e apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), de que foi secretário-geral.

Ex-combatente, foi também deputado da Nação do PAICV durante vários anos eleito pelo círculo eleitoral de Santo Antão, tendo, por razões profissionais como juiz, residido nas ilhas do Fogo e do Sal.

O ex-primeiro-ministro e ex-presidente do PAICV José Maria Neves comentou a morte na sua página de Facebook, mostrando-se surpreendido com a morte de Armindo Maurício, que considera um "grande amigo" e "um irmão" nas "horas difíceis" que viveram juntos.

"Há amigos que para nós nunca morrem e tu és um deles, viverás eternamente comigo, connosco. E hás-de continuar a olhar por nós que ficamos", escreveu o ex-chefe do Governo.

A actual presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, manifestou "grande tristeza" pelo falecimento do político, considerando-o "um grande combatente" e "um camarada de todas as horas".

"Um resistente que viveu a sua vida com uma absoluta entrega às causas de Cabo Verde, com total e inequívoco compromisso. Um homem comprometido com os princípios e valores do PAICV, honrando-os sempre, como militante e como dirigente", notou a líder partidária.

O Presidente da República interino de Cabo Verde, Jorge Santos, também ele natural da Ribeira Grande de Santo Antão, mostrou-se consternado com a morte do seu conterrâneo, dizendo que era "um grande cabo-verdiano" que "ainda tinha muito para dar ao país".