A história repete-se à porta das dependências bancárias: Depois de levantar uma grande quantia de dinheiro, e antes mesmo de conseguir ligar a viatura para seguir viagem, o cliente é emboscado por um grupo armado e obrigado a entregar os valores.

Foi exactamente o que aconteceu com António Quilumba, de 45 anos, surpreendido ontem no município do Kilamba Kiaxi, à saída de uma agência do BFA.

"Não consigo entender como isso aconteceu porque quando saí do banco fui directamente ao meu carro e, de repente, apareceram quatro jovens armados que entraram pela porta de trás. Um deles apontou-me a pistola e pediu para dirigir o carro até ao bairro KK 5000", relata a vítima ao Novo Jornal online, ainda a "digerir" o roubo de 3 milhões de kwanzas.

"Apesar de os funcionários do banco se terem mostrado sentidos com a situação quando expliquei o que se passou, só posso desconfiar deles", acusa a vítima, alegando que "a rapidez dos marginais demonstra que já sabiam que estava a sair com dinheiro".

António Quilumba, que também ficou sem telemóveis e sem a bateria do carro, sublinha que "foi tudo tão rápido que nem as pessoas em redor se aperceberam".

O caso está a ser investigado pela Polícia Nacional, confirmou ao Novo Jornal Online o porta-voz da corporação para Luanda, o inspector-chefe, Mateus Rodrigues, acrescentando que os marginais ainda se encontram em fuga.

O responsável reiterou os alertas que têm sido veiculados pelas autoridades policiais, no sentido de a população evitar levantamentos avultados de dinheiro sem o devido acompanhamento de um agente ou de um vigilante privado.