"Indagamo-nos, pois, como é possível que estes funcionários conseguem fazer face às suas necessidades mais básicas, como alimentação, saúde, transporte e habitação, quando se encontram remetidos a uma condição de quase mendigo", escrevem os funcionários do TS numa carta a que o Novo Jornal teve acesso.

No documento, datado de 18 de Maio deste ano e enviado ao Juiz Conselheiro Presidente do Tribunal Supremo, os condições em que se encontram contrapõem- se "à exigência de um trabalho de excelência, com isenção, abnegação e sigilo profissional, inerentes à especialidade do ofício" que exercem.

Os oficiais de justiça e demais funcionários do Tribunal Supremo denunciaram ainda ao Novo Jornal o corte de várias regalias, como alimentação, transporte, saúde e manutenção de viaturas.

Sublinham o facto de os baixos salários e os cortes das regalias acontecerem numa altura "particular da vida do país, com o agravar das dificuldades resultantes do contexto económico financeiro que redundam na diminuição do poder de compra".

"Observa-se com dolorosa estupefacção que, se por um lado, os funcionários do Tribunal Supremo auferem um salário inferior aos dos demais tribunais superiores, por outro lado, maior é a indignação ao observar que em muitas situações os oficiais de justiça da 1.ª instância auferem uma remuneração líquida maior que os deste Tribunal Supremo", queixam-se ainda os trabalhadores.

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