O Presidente Jokpo Widodo teceu tais considerações quando discursava na abertura da Conferência Ásia-África, que decorre até quinta-feira, na qual a delegação angolana é chefiada pelo Vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, em representação do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.

Durante a sua intervenção criticou o facto de determinados grupos de estados membros das Nações Unidas pensarem que podem mudar o Mundo em função das suas intenções, acabando por embaraçar todos os outros estados.

Na sua abordagem sobre o sistema mundial, criticou ainda o uso da força, em muitos casos, por parte da ONU ignorando a existência de outras organizações.

Por este facto, o estadista indonésio disse que a Conferência Ásia-África vai trabalhar como uma organização que promove a justiça para todas as nações do mundo, pedindo por isso reformas no sistema das Nações Unidas.

Defendeu igualmente a importância da união entre as diferentes nações para a resolução dos vários problemas, entre os quais os do povo da Palestina.

Em sua opinião, o mundo parece perder a esperança quando vê o povo da Palestina diante das injustiças que vive.

Com efeito, lançou um apelo para o apoio ao processo de paz na Palestina.

No domínio económico, Joko Widodo solicitou ainda uma reforma da política económica mundial, cujas linhas muitas vezes não vão de encontro às necessidade dos estados.

Em função disso, o Chefe de Estado pediu a reforma da política económica mundial para que seja evitada a dominação de certos grupos e países.

Integram igualmente os trabalhos, da parte angolana, os ministros das Relações Exteriores, Georges Chikoti, e da Economia, Abraão Gourgel.

A Cimeira, co-presidida pelo líder da Indonésia, Joko Widodo, e Robert Mugabe, do Zimbabwé, conta com a presença de vários líderes asiáticos e africanos.

Angop/NJ