Em entrevista à agência Lusa, durante os Encontros Anuais do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), que terminaram no último sábado, 14, em Abuja, capital da Nigéria, o responsável lembrou que antes da ascensão de João Lourenço à Presidência da Repúbica de Angola, o país "estava a sangrar há um ou dois anos".

Segundo o economista-chefe do Afreximbank - instituição que já financiou Angola com 1,4 mil milhões de dólares, a que se juntam mais 2 mil milhões até 2020 -, apesar de o país ter sido sempre um bom cliente do banco, a determinada altura surgiram dúvidas - entretanto desfeitas - sobre a sua capacidade para honrar os compromissos assumidos.

"Angola está outra vez a crescer devido a reformas difíceis feitas pelo Presidente [da República, João Lourenço]", destacou à Lusa Hippolyte Fofack, acrescentando: "Chegar ao poder e fazer o que ele fez, a nível pessoal e estratégico, foi notável, é corajoso para um líder e começam-se a ver os resultados no crescimento e no aumento do sentimento empresarial".

Para o responsável do Afreximbank, "tendo em conta o que o Presidente já fez, tomando decisões muito arriscadas logo no princípio", existe confiança de "está comprometido com a boa governação e vai criar o ambiente certo para o crescimento inclusivo".

Criado em 1993 na Nigéria e sediado no Egipto, o Afreximbank é um banco de apoio ao comércio, exportações e importações em África, sendo participado por entidades públicas e privadas, incluindo bancos centrais.